segunda-feira, 1 de abril de 2013

 O Gato Preto, Edgar Allan Poe
 
Não espero nem solicito o crédito do leitor para a tão extraordinária e no entanto tão familiar história que vou contar. Louco seria esperá-lo, num caso cuja evidência até os meus próprios sentidos se recusam a aceitar. No entanto não estou louco, e com toda a certeza que não estou a sonhar. Mas porque posso morrer amanhã, quero aliviar hoje o meu espírito. O meu fim imediato é mostrar ao mundo, simples, sucintamente e sem comentários, uma série de meros acontecimentos domésticos. Nas suas consequências, estes acontecimentos aterrorizaram-me, torturaram-me, destruíram-me. No entanto, não procurarei esclarecê-los. O sentimento que em mim despertaram foi quase exclusivamente o de terror; a muitos outros parecerão menos terríveis do que extravagantes. Mais tarde, será possível que se encontre uma inteligência qualquer que reduza a minha fantasia a uma banalidade. Qualquer inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que a minha encontrará tão somente nas circunstâncias que relato com terror uma sequência bastante normal de causas e efeitos.

Já na minha infância era notado pela docilidade e humanidade do meu carácter. Tão nobre era a ternura do meu coração, que eu acabava por tornar-me num joguete dos meus companheiros. Tinha uma especial afeição pelos animais e os meus pais permitiam-me possuir uma grande variedade deles. Com eles passava a maior parte do meu tempo e nunca me sentia tão feliz como quando lhes dava de comer e os acariciava. Esta faceta do meu carácter acentuou-se com os anos, e, quando homem, aí achava uma das minhas principais fontes de prazer. Quanto àqueles que já tiveram uma afeição por um cão fiel e sagaz, escusado será preocupar-me com explicar-lhes a natureza ou a intensidade da compensação que daí se pode tirar. No amor desinteressado de um animal, no sacrifício de si mesmo, alguma coisa há que vai direito ao coração de quem tão frequentemente pôde comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade do homem.

Casei jovem e tive a felicidade de achar na minha mulher uma disposição de espírito que não era contrária à minha. Vendo o meu gosto por animais domésticos, nunca perdia a oportunidade de me proporcionar alguns exemplares das espécies mais agradáveis. Tínhamos pássaros, peixes dourados, um lindo cão, coelhos, um macaquinho, e um gato.

Este último era um animal notavelmente forte e belo, completamente preto e excepcionalmente esperto. Quando falávamos da sua inteligência, a minha mulher, que não era de todo impermeável à superstição, fazia frequentes alusões à crença popular que considera todos os gatos pretos como feiticeiras disfarçadas. Não quero dizer que falasse deste assunto sempre a sério, e se me refiro agora a isto não é por qualquer motivo especial, mas apenas porque me veio à ideia.

Plutão, assim se chamava o gato, era o meu amigo predilecto e companheiro de brincadeiras. Só eu lhe dava de comer e seguia-me por toda a parte, dentro de casa. Era até com dificuldade que conseguia impedir que me seguisse na rua.

A nossa amizade durou assim vários anos, durante os quais o meu temperamento e o meu carácter sofreram uma alteração radical - envergonho-me de o confessar - para pior, devido ao demónio da intemperança. De dia para dia me tornava mais taciturno, mais irritável, mais indiferente aos sentimentos dos outros. Permitia-me usar de uma linguagem brutal com minha mulher. Com o tempo, cheguei até a usar de violência. Evidentemente que os meus pobres animaizinhos sentiram a transformação do meu carácter. Não só os desprezava como os tratava mal. Por Plutão, porém, ainda nutria uma certa consideração que me não deixava maltratá-lo. Quanto aos outros, não tinha escrúpulos em maltratar os coelhos, o macaco e até o cão, quando por acaso ou por afeição se atravessavam no meu caminho.

Mas a doença tomava conta de mim - pois que doença se assemelha à do álcool? - e, por fim, até o próprio Plutão, que estava a ficar velho e, por consequência, um tanto impertinente, até o próprio Plutão começou a sentir os efeitos do meu carácter perverso.

Certa noite, ao regressar a casa, completamente embriagado, de volta de um dos tugúrios da cidade, pareceu-me que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, horrorizado com a violência do meu gesto, feriu-me ligeiramente na mão com os dentes. Uma fúria dos demónios imediatamente se apossou de mim. Não me reconhecia. Dir-se-ia que a minha alma original se evolara do meu corpo num instante e uma ruindade mais do que demoníaca, saturada de genebra, fazia estremecer cada uma das fibras do meu corpo. Tirei do bolso do colete um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pelo pescoço e, deliberadamente, arranquei-lhe um olho da órbita! Queima-me a vergonha e todo eu estremeço ao escrever esta abominável atrocidade.

Quando, com a manhã, me voltou a razão, quando se dissiparam os vapores da minha noite de estúrdia, experimentei um sentimento misto de horror e de remorso pelo crime que tinha cometido. Mas era um sentimento frágil e equívoco e o meu espírito continuava insensível. Voltei a mergulhar nos excessos, e depressa afoguei no álcool toda a recordação do acto.

Entretanto, o gato curou-se lentamente. A órbita agora vazia apresentava, na verdade, um aspecto horroroso, mas o animal não aparentava qualquer sofrimento. Vagueava pela casa como de costume, mas, como seria de esperar, fugia aterrorizado quando eu me aproximava. Porém, restava-me ainda o suficiente do meu velho coração para me sentir agravado por esta evidente antipatia da parte de um animal que outrora tanto gostara de mim. Em breve este sentimento deu lugar à irritação. E para minha queda final e irrevogável, o espírito da PERVERSIDADE fez de seguida a sua aparição. Deste espírito não cura a filosofia. No entanto, não estou mais certo da existência da minha alma do que do facto que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano; uma dessas indivisas faculdades primárias, ou sentimentos, que deu uma direcção ao carácter do homem. Quem se não surpreendeu já uma centena de vezes cometendo uma acção néscia ou vil, pela única razão de saber que a não devia cometer? Não temos nós uma inclinação pperpétua, pese ao melhor do nosso juízo, para violar aquilo que constitui a Lei, só porque sabemos que o é? E digo que este espírito de perversidade surgiu para minha perda final. Foi este anseio insondável da alma por se atormentar, por oferecer violência à sua própria natureza, por fazer o mal só pelo mal, que me forçou a continuar e, finalmente, a consumar a maldade que infligi ao inofensivo animal. Certa manhã, a sangue-frio, passei-lhe um nó corredio ao pescoço e enforquei-o no ramo de uma árvore; enforquei-o com as lágrimas a saltarem-me dos olhos e com o mais amargo remorso no coração; enforquei-o porque sabia que me tinha tido afeição e porque sabia que não me tinha dado razão para a torpeza; enforquei-o porque sabia que ao fazê-lo estava cometendo um pecado, um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal a ponto de a colocar, se tal fosse possível, mesmo para além do alcance da infinita misericórdia do Deus Mais Piedoso e Mais Severo.

Na noite do próprio dia em que este acto cruel foi perpetrado, fui acordado do sono aos gritos de «Fogo!». As cortinas da minha cama estavam em chamas; toda a casa era um braseiro. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens materiais foram destruídos, e daí em diante mergulhei no desespero.

Sou superior à fraqueza de procurar estabelecer uma sequência de causa a efeito entre a atrocidade e o desastre. Limito-me, porém, a narrar uma cadeia de acontecimentos e não quero deixar nem um elo sequer incompleto. Nos dias que se sucederam ao incêndio, visitei as ruínas. As paredes, à excepção de uma, tinham abatido por completo. Esta excepção era constituída por um tabique interior, não muito espesso, que estava sensivelmente a meio da casa, e de encontro ao qual antes ficava a cabeceira da minha cama. O reboco resistira em grande parte à acção do fogo, facto que atribuo a ter sido pouco antes restaurado.

Próximo desta parede juntara-se uma densa multidão e muitas pessoas pareciam estar a examinar certa zona em particular, com minúcia e grande atenção. A minha curiosidade foi despertada pelas palavras «estranho», «singular» e outras expressões semelhantes. Aproximei-me e vi, como se fora gravado em baixo revelo, sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem estava desenhada com uma precisão realmente espantosa. Em volta do pescoço do animal estava uma corda.

Mal vi a aparição, pois nem podia pensar que doutra coisa se tratasse, o meu assombro e o meu terror foram imensos. Por fim, a reflexão veio em meu auxílio. Lembrei-me que o gato fora enforcado num jardim junto à casa. Após o alarme de incêndio, O dito jardim fora imediatamente invadido pela multidão e por alguém que deve ter cortado a corda do gato e o deve ter lançado para dentro do meu quarto, por uma janela aberta. Isto deve ter sido feito, provavelmente, com a intenção de me acordar. A queda das outras paredes tinha comprimido a vítima da minha crueldade na substância do reboco recentemente aplicado e cuja cal, combinada com as chamas e o amoníaco do cadáver, tinha produzido a imagem tal como eu a via.

Tendo assim satisfeito prontamente a minha razão - que não totalmente a minha consciência - sobre o facto extraordinário atrás descrito, não deixou este, no entanto, de causar profunda impressão na minha imaginação. Durante meses não consegui libertar-me do fantasma do gato, e, durante este período, voltou-me ao espírito uma espécie de sentimento que parecia remorso, mas que o não era. Cheguei ao ponto de lamentar a perda do animal e a procurar à minha volta, nos sórdidos tugúrios que agora frequentava com assiduidade, um outro animal da mesma espécie e bastante parecido que preenchesse o seu lugar.

Uma noite, estava eu sentado meio aturdido num antro mais do que infamante, a minha atenção foi despertada por um objecto preto que repousava no topo de um dos enormes toneis de gin ou de rum que constituíam o principal mobiliário do compartimento. Havia minutos que olhava para a parte superior do tonel, e o que agora me causava surpresa era o facto de não me ter apercebido mais cedo do objecto que estava em cima. Aproximei-me e toquei-lhe com a mão. Era um gato preto, um gato enorme, tão grande como Plutão e semelhante a ele em todos os aspectos menos num. Plutão não tinha sequer um único pêlo branco no corpo, enquanto este gato tinha uma mancha branca, grande mas indefinida, que lhe cobria toda a região do peito.

Quando lhe toquei, imediatamente se levantou e ronronou com força, roçou-se pela minha mão, e parecia contente por o ter notado. Era este, pois, o animal que eu procurava. Imediatamente propus a compra ao dono, mas este nada tinha a reclamar pelo animal, nada sabia a seu respeito, nunca o tinha visto até então.

Continuei a acariciá-lo, e quando me preparava para ir para casa, o animal mostrou-se disposto a acompanhar-me. Permiti que o fizesse, inclinando-me de vez em quando para o acariciar enquanto caminhava. Quando chegou a casa, adaptou-se logo e logo se tornou muito amigo da minha mulher

Pela minha parte, não tardou em surgir em mim uma antipatia por ele. Era exactamente o reverso do que eu esperava, mas, não sei como nem porquê, a sua evidente ternura por mim desgostava-me e aborrecia-me. Lentamente, a pouco e pouco, esses sentimentos de desgosto e de aborrecimento transformaram-se na amargura do ódio. Evitava o animal; um certo sentimento de vergonha e a lembrança do meu anterior acto de crueldade impediram-me de o maltratar fisicamente. Abstive-me, durante semanas, de o maltratar ou exercer sobre ele qualquer violência, mas, gradualmente, muito gradualmente, cheguei a nutrir por ele um horror indizível e a fugir silenciosamente da sua odiosa presença como do bafo da peste.

O que aumentou, sem dúvida, o meu ódio pelo animal foi descobrir, na manhã do dia seguinte a tê-lo trazido para casa, que, tal como Plutão, tinha também sido privado de um dos seus olhos. Esta circunstância, contudo, mais afeição despertou na minha mulher, que, como já disse, possuía em alto grau aquele sentimento de humanidade que fora em tempos característica minha e a fonte de muitos dos meus prazeres mais simples e mais puros.

Com a minha aversão pelo gato parecia crescer nele a sua preferência por mim. Seguia os meus passos com uma pertinácia que seria difícil fazer compreender ao leitor. Sempre que me sentava, enroscava-se debaixo da minha cadeira ou saltava-me para os joelhos, cobrindo-me com as suas repugnantes carícias. Se me levantava para caminhar, metia-se-me entre os pés e quase me fazia cair ou, fincando as suas garras compridas e aguçadas no meu roupão, trepava-me até ao peito. Em tais momentos, embora a minha vontade fosse matá-lo com uma pancada, era impedido de o fazer, em parte pela lembrança do meu crime anterior mas, principalmente, devo desde já confessá-lo, por um verdadeiro medo do animal.

Este medo não era exactamente o receio de um mal físico; no entanto, é me difícil defini-lo de outro modo. Quase me envergonhava admitir - sim, mesmo aqui, nesta cela de malfeitor, eu me envergonho de admitir - que o terror e o horror que o animal me infundia se viam acrescidos de uma das fantasias mais perfeitas que é possível conceber. Minha mulher tinha-me chamado várias vezes a atenção para o aspecto da mancha de pêlo branco de que já falei, e que era a única diferença aparente entre o estranho animal e aquele que eu tinha eliminado. O leitor lembrar-se-á que esta marca, embora grande, era, originariamente, bastante indefinida, mas, gradualmente, por fases quase imperceptíveis e que durante muito tempo a minha razão lutou por rejeitar como fantasiosas, assumira, finalmente, uma rigorosa nitidez de contornos. Era agora a imagem de um objecto que me repugna mencionar, e por isso eu o odiava e temia acima de tudo, e ter-me-ia visto livre do monstro se o ousasse. Era agora a imagem de uma coisa abominável e sinistra: a imagem da forca!, oh!, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte. Por essa altura, eu era, na verdade, um miserável maior do que toda a miséria humana. E um bruto animal cujo semelhante eu destruíra com desprezo, um bruto animal a comandar-me, a mim, um homem, feito à imagem do Altíssimo - oh!, desventura insuportável. Ah, nem de dia nem de noite, nunca, oh!, nunca mais, conheci a bênção do repouso! Durante o dia o animal não me deixava um só momento. De noite, a cada hora, quando despertava dos meus sonhos cheios de indefinível angústia, era para sentir o bafo quente daquela coisa sobre o meu rosto e o seu peso enorme, incarnação de um pesadelo que eu não tinha forças para afastar, pesando-me eternamente sobre o coração.

Sob a pressão de tormentos como estes, os fracos resquícios do bem que havia em mim desapareceram. Só os pensamentos pecaminosos me eram familiares - os mais sombrios e os mais infames dos pensamentos. A tristeza do meu temperamento aumentou até se tornar em ódio a tudo e à humanidade inteira. Entretanto, a minha dedicada mulher era a vítima mais usual e paciente das súbitas, frequentes e incontroláveis explosões de fúria a que então me abandonava cegamente.

Um dia acompanhou-me, por qualquer afazer doméstico, à cave do velho edifício onde a nossa pobreza nos forçava a habitar. O gato seguiu-me nas escadas íngremes e quase me derrubou, o que me exasperou até à loucura. Apoderei-me de um machado, e desvanecendo-se na minha fúria o receio infantil que até então tinha detido a minha mão, desferi um golpe sobre o animal, que seria fatal se o tivesse atingido como eu queria. Mas o golpe foi sustido diabólicamente pela mão da minha mulher. Enraivecido pela sua intromissão, libertei o braço da sua mão e enterrei-lhe o machado no crânio. Caiu morta, ali mesmo, sem um queixume.

Consumado este horrível crime, entreguei-me de seguida, com toda a determinação, à tarefa de esconder o corpo. Sabia que não o podia retirar de casa, quer de dia quer de noite, sem correr o risco de ser visto pelos vizinhos. Muitos projectos se atropelaram no meu cérebro. Em dado momento, cheguei a pensar em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los um a um pelo fogo. Noutro, decidi abrir uma cova no chão da cave. Depois pensei deitá-lo ao poço do jardim, ou metê-lo numa caixa como qualquer vulgar mercadoria e arranjar um carregador para o tirar de casa. Por fim, detive-me sobre o que considerei a melhor solução de todas. Decidi emparedá-lo na cave como, segundo as narrativas, faziam os monges da Idade Média às suas vítimas.

A cave parecia convir perfeitamente aos meus intentos. As paredes não tinham sido feitas com os acabamentos do costume e, recentemente, tinham sido todas rebocadas com uma argamassa grossa que a humidade ambiente não deixara endurecer. Além do mais, numa das paredes havia uma saliência causada por uma chaminé falsa ou por uma lareira que tinha sido entaipada para se assemelhar ao resto da cave. Não duvidei que me seria fácil retirar os tijolos neste ponto, meter lá dentro o cadáver e tornar a pôr a taipa como antes, de modo que ninguém pudesse lobrigar qualquer sinal suspeito.

Não me enganei nos meus cálculos. Com o auxílio de um pé-de-cabra retirei facilmente os tijolos, e depois de colocar cuidadosamente o corpo de encontro à parede interior, mantive-o naquela posição ao mesmo tempo que, com um certo trabalho, devolvia a toda a estrutura o seu aspecto primitivo.

Usando de toda a precaução, procurei argamassa, areia e fibras com que preparei um reboco que se não distinguia do antigo e, com o maior cuidado, cobri os tijolos. Quando terminei, vi com satisfação que tudo estava certo. A parede não denunciava o menor sinal de ter sido mexida. Com o maior escrúpulo, apanhei do chão os resíduos. Olhei em volta, triunfante, e disse para comigo: "Aqui, pelo menos, não foi infrutífero o meu trabalho."

A seguir procurei o animal que tinha sido a causa de tanta desgraça, pois que, finalmente, tinha resolvido matá-lo. Se o tivesse encontrado naquele momento, era fatal o seu destino. Mas parecia que o astuto animal se alarmara com a violência da minha cólera anterior e evitou aparecer-me na frente, dado o meu estado de espírito. É impossível descrever ou imaginar a intensa e aprazível sensação de alívio que a ausência do detestável animal me trouxe. Não me apareceu durante toda a noite, e deste modo, pelo menos por uma noite, desde que o trouxera para casa, dormi bem e tranquilamente; sim, dormi, mesmo com o crime a pesar-me na consciência.

Passaram-se o segundo e terceiro dias e o meu verdugo não aparecia. Mais uma vez respirei como um homem livre. O monstro, aterrorizado, tinha abandonado a casa para sempre! Nunca mais voltaria a vê-lo!

Suprema felicidade a minha! A culpa da acção tenebrosa inquietava-me pouco. Fizeram-se alguns interrogatórios que colheram respostas satisfatórias. Fez-se inclusivamente uma busca, mas, naturalmente, nada se descobriu. Dava como certa a minha felicidade futura.

No quarto dia após o crime, surgiu inesperadamente em minha casa um grupo de agentes da Polícia que procederam a uma rigorosa busca. Eu, porém, confiado na impenetrabilidade do esconderijo, não sentia qualquer embaraço. Os agentes quiseram que os acompanhasse na sua busca. Não deixaram o mínimo escaninho por investigar. Por fim, pela terceira ou quarta vez, desceram à cave. Nem um músculo me tremeu. O meu coração batia calmamente como o coração de quem vive na inocência. Percorri a cave de ponta a ponta. De braços cruzados no peito, andava descontraído de um lado para o outro. Os agentes estavam completamente satisfeitos e prontos para partir. O júbilo do meu coração era demasiado intenso para que o pudesse suster. Ansiava por dizer pelo menos uma palavra à guisa de triunfo e para tornar duplamente evidente a sua convicção da minha inocência.

- Senhores - disse por fim, quando iam a subir os degraus. - Estou satisfeito por ter dissipado as vossas suspeitas. Desejo muita saúde para todos, e um pouco mais de cortesia. A propósito, esta casa está muito bem construída (e no meu furioso desejo de dizer qualquer coisa com à-vontade, mal sabia o que estava a dizer). Direi, até, que é uma casa excelentemente construída. Estas paredes... vão-se já embora, meus senhores?... Estas paredes estão solidamente ligadas. - E neste momento, por uma frenética fanfarronice, bati com força, com uma bengala que tinha na mão, na parede atrás da qual se encontrava o cadáver da minha querida esposa.

Ah!, que Deus me livre das garras do arquidemónio! Mal tinha o eco das minhas pancadas mergulhado no silêncio, quando uma voz lhes respondeu de dentro do túmulo: um gemido, a princípio abafado e entrecortado como o choro de urna criança, que depois se transformou num prolongado grito sonoro e contínuo, extremamente anormal e inumano. Um bramido, um uivo, misto de horror e de triunfo, tal como só do inferno poderia vir, provindo das gargantas conjuntas dos condenados na sua agonia e dos demónios no gozo da condenação.

Seria insensato falar dos meus pensamentos. Senti-me desfalecer e encostei-me à parede da frente. Tolhidos pelo terror e pela surpresa, os agentes que subiam a escada detiveram-se por instantes. Logo a seguir, doze braços vigorosos atacavam a parede. Esta caiu de um só golpe. O cadáver, já bastante decomposto e coberto de pastas de sangue, apareceu erecto frente aos circunstantes. Sobre a cabeça, com as vermelhas fauces dilatadas e o olho solitário chispando, estava o odioso gato cuja astúcia me compelira ao crime e cuja voz delatora me entregava ao carrasco. Eu tinha emparedado o monstro no túmulo!

40 comentários:

  1. A bebida alcoólica é muito consumida hoje em dia pelas pessoas. Esta deve ser usada moderadamente, porém ainda há pessoas que ultrapassam os limites. Com isso enfrentam sérios problemas de transtorno, não tendo um auto controle sobre sua mente e respectivas atitudes. É o caso do personagem, que por conta do uso descontrolado da bebida, acaba gerando uma série de atos descontroláveis e maléficos contra aos animais - onde antes do álcool ele os amava. Na maioria dos casos de pessoas dependentes do efeito da bebida, elas acabam se iludindo com algo e tornando-o motivo de tais atos (como o gato ser o motivo para o personagem). Elas acabam - por mais que tentem - não conseguindo se controlar e diferenciar o real do imaginário e ainda pior, acabam ficando neutros e tendo um "sangue frio". Por mais que os dependentes alcoólicos tentem parar com o uso, a necessidade é maior; é necessária a atenção e preocupação de pessoas que estão ao seu redor, para poder ajudá-las a enfrentar esse grande problema que afeta boa parte da população atual.

    Vanessa Luizetti Armigliato n34 3RB

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  2. O narrador começa o conto descrevendo seu amor pelos animais, destacando sua afetividade pelo gato Pluto. Porém, ao longo da história, torna-se aparente a sua intenção de culpar o fantasma do gato pelo assassinato da esposa. Isto se revela na parte onde diz que todo gato preto é uma “bruxa disfarçada”. Sobre os efeitos do alcoolismo, o narrador muda seu temperamento, maltratando a mulher e ao gato, que, aos poucos, vai correspondendo o tratamento. Após matar o gato, um incêndio ocorre na casa, estando implícito que quem iniciou o fogo foi o próprio narrador. Ele procura um gato que se assemelhe ao anterior, para poder ter um novo alvo para sua raiva. Tal ódio, portanto, foi causado pelo gato e, consequentemente, ele seria o verdadeiro responsável pela morte da mulher.

    Vinicius Larrea - 3EMRB - 35.

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  3. O texto mostra o vício que o narrador tinha por bebida alcoólica, o que fazia ele se transformar em outra pessoa e se tornar muito agressivo. Tinha amor por animais, e até com gato que ele criava e que adorava, seu companheiro cometeu atos agressivos contra ele. Sua mulher que era compreensiva foi agredida também por tentar salvar o gato. Ele não possuía mais controle do que era realidade e imaginação, com isso tornou-se uma pessoa cruel e que não pensava nas consequências de seus crimes, causando a morte do gato e de sua mulher.

    Ana Paula Souza Silveira número: 4 3RB

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  4. A história de "O Gato Preto" é narrada pela personagem principal, um homem de aparente bom caráter, que tinha amor pelos animais. Porém isso só se mantém até que a bebida alcoólica entra em sua vida, quando se nota uma brusca mudança de comportamento, revelando traços malignos e de total falta de piedade, que não podem ser justificados pelo vício, mas são assim feitos na narração. Esse outro lado da personalidade do homem, fica explícito quando ele se encoraja a matar a mulher e o gato, que era seu bicho de estimação preferido, além de apresentar grande frieza, escondendo o corpo de sua esposa e sentindo orgulho pelo feito.

    Mayara Zimmaro - nº 24 - 3RA

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  5. É incrível como o ser humano não consegue refrear a própria maldade, tornando-a cada vez mais comum a ponto de faze-la seu caráter. Ao cometer tal crime repugnante contra o animal, o personagem da narrativa, tenta se redimir arranjando um outro, mas a lembrança do que fez assombra-o, revelando sua incapacidade de evitar os mesmos erros quando quase deu ao segundo gato, o mesmo fim que o primeiro. Ao ter em mente um único objetivo (se ver livre do gato), acaba passando por cima de tudo, crendo que os fins justificam os meios, e nesse processo acaba perdendo também valores e sentimentos a se tranquilizando pelo sumiço do animal mesmo tendo matado a esposa. O personagem, acaba se tornando pela pratica, a imagem do homem atual, com sua frieza, ignorância e egoísmo, mas no final, é traído pela própria obsessão.

    Rafaela Ruiz Diniz - 29 - 3RB

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  6. Algumas pessoas se esquecem de que o álcool, por ser permitido, também é uma droga. Ele pode causar sensação de bem estar e alegria mas também desperta outros sentimentos que podem ser não só ruins como prejudiciais àquele que consome e aos outros que convivem junto do mesmo. É o que ocorre no texto em questão, um sujeito, que é louco por animais e por sua esposa, comete crimes terrívei, que, se não fosse pela coragem e sentimento de ódio causados pelo álcool, não teriam ocorrido.

    Luanna Mantovani, nº 22 3RB

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  7. A história narrada pelo personagem principal, em primeira pessoa, fala sobre uma história do próprio narrador, em que desde pequeno adorava e amava os animais.Porém essa personalidade foi mudando com o tempo; em sua fase adulta começou a ter vários animais, até que um dia resolveu ter um gato, de coloração preta. A partir deste momento começa a apresentar um comportamento estranho e fora do normal, onde começa a se irritar e obter um comportamento agressivo com sua própria mulher, e seus animais, inclusive o gato preto.O narrador começa a apelar ao álcool, mas sua personalidade vai ficando tão rude, agressiva, e compulsiva que no fim acabou matando sua mulher, que acabou escondendo o corpo, e o gato preto, seu animal preferido de estimação, que possa ter sido um passo para a loucura.

    Matheus Barros nº26 - 3EMRB

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  8. O álcool é uma substância, que apesar de ser lícita, faz muito mal ao ser humano. O problema é que muitas pessoas não tem consciencia disso, e acabam abusando dele. O que é o caso do personagem da história, que teve sua personalidade mudada após o uso excessivo da substância, sendo capaz de cometer atos que jamais cometeria antes.

    Isabella Carvalho n16 3RB

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  9. O personagem principal da história se mostra uma pessoa comum, normal, com seus costumes e manias... Totalmente satisfeito com sua vida, de alguma forma o personagem se torna uma pessoa vazia, dando lugar a sentimentos que o levaram a cometer o ato de por estar vazio da alegria que tinha quando se relacionava com seu gato preto, se irou e deu liberdade a sua carne, sendo condenado depois pela sua mente, pois não conseguiu segurar seus impulsos. Para tentar liquidar o o ato que o atormentara, deu cabo de seu gato... Cometendo tal ato foi lembrado constantemente pela sua mente, do pecado, do assassinato que cometera, e na doce ilusão de que um novo gato, companheiro iria faze-lo esquecer a atrocidade que praticara friamente em sua falta de amor. Com o tempo o mesmo sentimento voltou, e com ele a sua raiva, ira, que só o fazia mal, em um golpe de raiva e descontrole mostrou seu lado irracional, cometendo o crime que o condenou, fazendo assim sua consciência maquiar a crueldade, mas que por atos ocultos, indeterminados se revelaram o trazendo a verdadeira loucura por reconhecer do que fez.

    Lincoln Almeida Souza - 21 - 3RB.

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  10. O texto nos mostra o fato de que o ser humano por melhor que seja pode mudar. Seja pra melhor seja pra pior, porém muito mais fácil ver ele entrando em ruínas do que saindo. A história retrata o ser humano entrando em suas ruínas e se destruindo aos poucos, se tornando completamente diferente do que havia sido em seu passado, ele liga esse fator mudança com a ajuda do alcool, que se mostra o principal problema do personagem principal. O homem vai mudando sua personalidade e chegando ao fundo do poço esquecendo gradativamente de quem era no começo, o homem dócil e querido. Tanto que no final ele se torna o seu maior inimigo.

    Caio Locatelli 10 3rb

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  11. O texto nos mostra que o humano pode ser mal quando adulto dependendo dele, porque quando pequeno o homem tinha a inocência como amando e cuidando de seus animais.E uma causa das que transformam os humanos pior que os animais é o caráter perverso principalmente depois exagerar na bebida e acabam sendo possuído por esse demônio e cometendo atos de extrema crueldade como matar.

    Gregory Silva nº11 3RA

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  12. O texto de Edgar Allan Poe traz um personagem que de um bom homem transformou sua vida por completo por conta da bebida, assim, começou a tratar tanto seus animais quanto a sua mulher como se não fossem nada. O gato, que sempre esteve acompanhando o personagem como bons amigos, tornou-se motivo de ódio por apresentar tal antipatia com o homem que posteriormente acaba com a vida do animal. Mais tarde um outro gato é acolhido pelo mesmo assassino, mas diferentemente do anterior este recusa-se a maltrata-lo até o ponto em que mata sua própria mulher por ódio dela tê-lo (o gato) salvo. Ao final o gato acaba por delatar aonde estava escondido o corpo da moça, assim, pode-se dizer que a causa de seus atos insanos não fora o gato mas sim sua ignorância por ter se tornado o monstro através da bebida, o mesmo que o levou a se tornar um louco, levar sua loucura ao extremo.

    Julio Marks n18 3RA

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  13. Este é só um mais um relato, com detalhes o que o torna mais cruel que a maioria deles. Alterações psicológicas que o álcool trás após muito usar e abusar do mesmo. Muitos os usam para confortar os desgostos, mas nada que justifique os atos que possam ser tomados quando se está "possuído" pela tal bebida. No texto, é demonstrado muito bem a mudança radical do comportamento do eu lírico, o amor que sentia pelos animais de estimação e pela própria mulher são totalmente esgotados e transformados em ódio.

    Luis Eduardo nº 21 3 RA

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  14. A partir deste texto é possível tomar várias conclusões. O texto mostra como nossas escolhas refletem na nossa personalidade, como cada uma delas tem sua consequência e como somos prisioneiros das consequências de nossas ações. O homem dominado pelo mal comete pecados e faz crueldades que depois acarretam-lhe o sentimento de remorso, medo e terror, dos quais não consegue se livrar. Passado um tempo, isso se torna tão frequente que muda completamente seu caráter. Agora o protagonista é tão insensível que mata sua mulher e se quer se sente mal por isso. Além disso, o texto mostra como o ódio é instintivo e nos faz agir de modo ruim mesmo que tenhamos consciência disso. Também mostra o problema que a bebida traz: quando ele bebe, maltrata o gato e volta a beber a fim de se sentir bem novamente. De modo geral, percebemos como o pecado nos faz perder valores, bondade, amor e outros sentimentos importantes e nos deixa miseráveis.
    Beatriz Carrilho Tomaz, nº 3 - 3RA

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  15. Apesar de tantos pontos misteriosos e perguntas sem respostas que a leitura de “O gato preto” nos trás, há uma simples conclusão que pode ser tirada. Mesmo que não existam explicações aparentes para a mudança de comportamento do narrador personagem, fica claro que o mal que fazemos ao próximo retornará para nós. Seja o mal para alguém específico, para muitos, ou para a natureza. No caso da história a atrocidade cometida com um animalzinho, o primeiro gato, fez com que ele não se saísse bem com o assassinato da própria mulher. E seguindo nesta lógica, este segundo mal cometido também teria no decorrer de sua existência, um retorno negativo. É o conhecido “Aqui se faz, aqui se paga”.

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  16. Podemos observar que quando o homem está tomado pelo álcool ele não mede os seus atos, e acaba fazendo coisas que não seriam de sua índole. Isso pode ser observado no texto nos momentos em que o homem se embebedava , o seu estado emocional mudava completamente e com isso aconteciam coisas horríveis, a morte do seu primeiro gato é um desses fatos, que logo depois por um puro remorso fez com que este colocasse outro em seu lugar para que houvesse uma substituição, mas o substituto não era igual ao original, e acabou causando mais raiva no homem que acabou matando sua mulher por fato desta o impedir de matar o segundo felino , ele acaba escondendo o cadáver da moça mas esquece de tirar o gato do lugar, com tudo acabam fazendo a busca na casa deste e acham o corpo com uma simples ajuda do gato. Com tudo isso pode ser aprendido que a bebida em grande quantidade gera acontecimentos horríveis e também tudo que se faz , mesmo que seja escondido um dia será descoberto , e as conquências podem não ser as das melhores.


    Ana Cláudia Bellanga , nº2 , 3RA

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  17. o texto gato Preto, relata a história de um homem e seu gato, que infernizou a vida daquele, em quanto este estava vivo.
    No texto, quando o homem está embriagado, não mede seus atos, sem pensar nos atos, ele substitui o gato, que por si só, não o satisfaz e o mata, e além disso, mata a esposa, tudo acontece sob o efeito do álcool.
    Podemos refletir como o álcool pode mudar a vida das pessoas.

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  18. Este texto retrata a historia de um homem que tinha varios animais, mas seu preferido era o gato preto. Um certo dia ele chegou bêbado em casa e acabou arrancando um olho do gato sem conseguir pensar em seus atos. Acaba matando o gato e a esposa, pois estava sob efeito do álcool. O álcool muda a vida das pessoas, para a pior em vários casos.

    Thiago Molina nº27 2ºRB

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  19. O texto começa com o narrador, que no caso é o personagem principal, declarando seu amor por bichos. Quando se casa começa a criar vários animais dentre deles um gato, chamado plutão, que era seu preferido, após um tempo ele começa a se tornar violento e agressivo devido seu vício por álcool, um dia após chegar embriagado arranca um olho do gato e depois o acaba matando e colocando fogo em sua casa. Ele decide substituir o gato por outro e por este ser diferente do anterior ele decide acabar por matar o gato e sua esposa ao tentar interferir acaba morrendo também.
    o texto nos mostra como as pessoas mudam de- comportamento ao se tornar um viciado em álcool

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  20. O texto acima remete a um problema da sociedade que atinge muitas famílias, o alcoolismo. Vicio que, todos os dias, acaba destruindo diversas famílias e é responsável por crimes brutais cometidos contra os entes queridos dos alcoólatras, mais especificamente, as esposas. O texto se utiliza da figura de um gato preto para fazer referência aos sentimentos ruins provocados no protagonista pela doença, o alcoolismo, ao dizer que o gato lhe perseguia, pode-se referenciar ao vicio que atormentava e criava uma serie de pensamentos e comportamentos julgados como ruins e criminosos pelo próprio protagonista. Quando ele descreve os maus tratos aos demais animais que possuía, refere-se ao processo de mudança do seu estado de espírito provocada pelo álcool. De certo modo, o texto nos mostra um exemplo cheio de metáforas, dos males que o alcoolismo nos conduz a sofrer.
    Vitor Sardeiro Pereira
    Nº 32 2ºEMRB

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  21. O texto conta com o narrador, que também é o personagem principal contando pequenos detalhes de sua personalidade e de seu passado. No passado, ele já havia uma afeição por animais, e já adulto cultivava essa mesma afeição. Mas, após começar a se envolver com a bebida, esse sentimento foi se corroendo, a chegar ao ponto de repulsão. Acabava por ele odiar os animais que tinha, sobre tudo um gato que acabara matando. O sentimento de culpa tomou conta de seu corpo e mente, fazendo-o beber cada vez mais, a ponto de matar a mulher, e simplesmente se livrar do corpo. Mas a uma ironia no final da história, quando ele acha que escapou de sua condenação o segundo gato que ele adotou acaba entregando-o de uma forma inesperada.


    Vitor Queiroz 2RB n 31

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  22. Cada dia que passa o álcool está fazendo mais parte da vida de pessoas e famílias, na maioria das vezes é por causa dele que ocorre uma separação, uma briga, e nos piores momentos, a morte. O texto deixa claro um exemplo assim, o gato que até então era o melhor companheiro do homem, foi o mais prejudicado. O vício independentemente de qual seja ele, é algo extremamente perigoso, nada justificaria o ato do homem ter arrancado o olho do gato, isso foi uma ação contraditória, sem pensar, mas com consequências. O alcoolismo pode levar a pessoa a cometer erros que até então não julgamos graves ou perigosos.

    Victória Ferretti - nº30 2ºRB

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  25. O texto de Edgar Allan Poe nos mostra que todo mundo pode mudar, indepedentemente do que foi no passado, e também que o álcool pode fazer com que as pessoas bruscamente deixando de lado características boas que antes possuia. No texto o personagem principal que antes amava os animais, devido a bebida se transforma e começa a cometar atrocidades, matando o seu primeiro gato e até a sua esposa por ter salvado o outro.
    Luca Caldeira França nº20 3RA

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  26. Esse texto mostra a decadência de um ser humano em meio a um mundo cheio de tentações. O proibido é o que mais atrai justamente por sê-lo. O intemperamento do homem da história o consome, ele se vê cada vez mais afundado na condição de malfeitor que criou pra si mesmo e chega a um nível de obsessão em que não sente mais nada, tem uma posição apática frente a situações absurdas. Acontecimentos comuns (como mau humor, brigas em casa e stresses) se tornaram algo fora do controle até do próprio homem (como assassinar a esposa e escondê-la entre as paredes) e ele mal percebeu. Tudo foi feito impulsivamente e acabou por deixá-lo louco, preso e perdido.

    Marina Melli 2RB

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  27. O Narrador personagem, conta em primeira pessoa, suas experiências com um de seus animais de estimação, um gato preto. Após revelar que sempre adorou animais, há uma reviravolta, pois a personagem começa a mudar sua atitude e ser grosso com sua mulher e sentir ódio pelo gato, o arrancando o olho e após, o matando enforcado. Nessa época, após sentir um pouco de remorso pelo ocorrido, viu um gato parecido com seu antigo, Plutão. Decide ficar com ele, por quem começa a sentir raiva novamente. Um dia, após tentar matá-lo e sua mulher impedir, a raiva se apossou dele, que matou a mulher. Após tentar esconder o corpo do cadáver e se sentir satisfeito pelo trabalho, os policiais descobrem o corpo devido à barulhos atrás da parede onde a havia escondido, que revela que sem querer, o gato foi emparedado junto com a mulher morta.
    Percebemos que toda a raiva da personagem é refletida no gato, que representa seus sentimentos e seu estado de espírito, onde tratava bem aos animais em sua infância e após mudar seu caráter, a figura do gato começa a lhe fazer mal. Sendo essas atitudes, trazidas de volta à ele, o atormentando por muito tempo ou revelando seus crimes.

    Rafael Vasconcelos - 3ºRA

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  28. O texto é narrado pelo personagem principal, um homem que tinha uma vida comum e era feliz por isso. Ele adorava animais e seu melhor companheiro era um gato preto. Mas quando ele começou a se envolver com bebidas, sua vida e seu comportamento mudaram radicalmente. Ele se tornou violento e acabou matando seu gato e sua mulher que tentou defender o gato. E mesmo assim, através do álcool, continuou feliz. Isso nos mostra que a bebida alcoólica prejudica a vida das pessoas, mudando seu comportamento de levando a fazer coisas horríveis.

    Alex Sasson, número 1, 3RA

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  29. O alcoolismo é algo preocupante e muito comum em nossa sociedade, esse vício transforma pessoas boas em algo totalmente contrário a elas, deixando as agressivas, fazendo com que não se importem com os outros, esqueçam a família e só pensem em seu vício. O texto retrata o que esse vício pode fazer com as pessoas, nesse caso o homem maltrata as coisas que ele mais amava(bichos de estimação), mata sua mulher e seu bicho preferido por causa de seu vício

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  31. O texto relata a história de um alcoólatra, que antes de seu vício, tinha uma vida tranquila, assim como qualquer ser humano normal. Porém ele acabou virando um alcoólatra e devido isso, suas atitudes foram mudadas, arruinando com a vida de seu gato que tanto amava, e após sua mulher. Este caso, assim como muitos outros, são provas de que o álcool em excesso pode gerar uma catástrofe nas melhores famílias.

    Victor Oliva, número 36 - 3°RA

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  32. A historia do texto começa a ser por relatos da vida de um homem em sua infância, seu amor pelos animais e sua ingenuidade infantil. Em sua fase adulta, constrói uma vida ao lado de uma mulher e se rodeia de tudo o que ama, os animais. Contudo, para fugir de seus problemas o homem opta pelo álcool, acaba se tornando um compulsivo alcoólico e não mede seus atos, seu temperamento e seu humor mudam rapidamente. O alcoolismo foi um meio rápido e fácil que ele encontrou de fugir de seus problemas, as pessoas procuram se acolher de modo rápido e pratico hoje em dia, porem os meios mais rápidos e baratos são as drogas, bebidas alcoólicas e conteudos quimicos prejudiciais a saude como as drogas. As pessoas acabam perdendo e saindo de seu controle.

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  33. O texto traz como sentido um homem que tem um grande amor aos animais, ele recorre tambem a sua infancia.Mas quando passa para sua vida adulta ele constroi uma familia e dentro de todo este contexto ele acaba caindo para as bebidas alcoolicas, fazendo com que se torne um vicio.Entao ele vai usando o gato para mostrar as mudanças de estado que vai ocorrendo em si.

    Guilherme de Lima Fernandes n:19 2RA

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  34. O texto "Gato Preto" é um relato de uma história que se repete por diversas famílias todos os dias. O problema do alcoolismo é parasitário, corrosivo, e começa cada vez mais cedo, embora possa se manifestar em todas as idades como o texto demonstra. Capaz de destruir tudo que você um dia já construiu, seja seus bens materiais ou mesmo as pessoas que te rodeiam.

    Johann Pires, 27, 2RA

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  35. O texto Gato Preto fala sobre um homem que na sua infância tem um amor pelos animais, que com o tempo constrói uma família, mas acaba caindo nas bebidas alcoólicas, e como sempre, acaba tornando-se um vicio, e tudo isso para fugir dos problemas pois acaba matando o seu gato e logo após a esposa. Se fomos comparar hoje em dia as pessoas só pensam em fugir dos problemas,e acabam usando as drogas, com isso chegamos a conclusões que o álcool e as drogas gera uma perda de controle.

    Camila Haluska,08 - 2RA

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