quinta-feira, 21 de março de 2013

Bem e Corrupção

Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são boas: não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem se poderiam corromper se não fossem boas. Com efeito, se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis, e se não tivessem nenhum bem, nada haveria nelas que se corrompesse. De facto, a corrupção é nociva, e se não diminuísse o bem, não seria nociva. Portanto, ou a corrupção nada prejudica - o que não é aceitável - ou todas as coisas que se corrompem são privadas de algum bem. Isto não admite dúvida. Se, porém, fossem privadas de todo o bem, deixariam inteiramente de existir. Se existissem e já não pudessem ser alteradas, seriam melhores porque permaneciam incorruptíveis. Que maior monstruosidade do que afirmar que as coisas se tornariam melhores com perder todo o bem?
Por isso, se são privadas de todo o bem, deixarão totalmente de existir. Logo, enquanto existem são boas. Assim sendo, todas as coisas que existem são boas e aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois se fosse substância seria um bem. Na verdade, ou seria substância incorruptível, e então era certamente um grande bem, ou seria substância corruptível, e nesse caso, se não fosse boa, não se poderia corromper.

Santo Agostinho, in 'Confissões'

25 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. O texto basicamente fala que uma coisa só pode ser corrompida se ela for boa... afinal se ela nao for boa ela tecnicamente já é corrompida mas se ela for completamente boa, isso significaria que ela é "a prova da corrupcao" .... e portanto incorruptível.. um exemplo que pode ser dado é a democracia. ela é teoricamente boa, porque ajuda a sociedade a não ter ditadura e a manter o bem comum. mas ainda assim ela pode ser corrompida como os políticos fazem com extravio de dinheiro publico e entre outros fatores que podem prejudicar na integridade do bem !
    Vinicius Larrea - 3EMRB - 35

    ResponderExcluir
  3. Nada é perfeito, se perfeito nada tem de se mudar sobre. Tudo há de se mudar. Se é bom pode ser mudado para beneficiar alguém, se é ruim então mais fácil ainda de ser mudado para beneficio de quem quiser mudar. O que não pode ser mudado e que sempre ira continuar intacto sem sofrer mudança ? Nada.
    Tudo tem que mudar, aliás quem o fez fez para seu benefício e quem quiser usar que use para o seu bem.

    Caio Lcoatelli 10 3rb

    ResponderExcluir
  4. A visão de bem e ruim não deveria existir. Não se pode generalizar as coisas, nada nunca vai ser inteiramente bom como tambem não vai ser inteiramente ruim. É preciso analisar a coisa como um todo e ver todos os lados dela. É impossível que a coisa seja privada de todo o bem ou de todo o mal, pois se não seria inalterável.

    Isabella Carvalho 3RB

    ResponderExcluir
  5. É notável a reflexão sobre a forma como as coisas boas são corrompidas segundo Santo Agostinho.Uma coisa boa é corrompida pelo de ser boa,ms,afirmar que uma coisa absolutamente boa não é corrompível está equivocado a partir do ponto em que ela foi considerada "absolutamente boa" apenas por não ter sido corrompido ainda, ou seja, não há como garantir que algo seja realmente bom a ponto de jamais ser corrompido,as coisas somente serão boas até serem corrompidas e em seguida outras vão sofrer o mesmo processo

    Beatriz Abreu 07 3RB

    ResponderExcluir
  6. Este texto fala que tudo o que é bom pode ser corrompido. Mas nada pode ser considerado totalmente bom ou totalmente ruim se o analisarmos de forma errada.
    Thiago Molina 27 2ºEMRB

    ResponderExcluir
  7. Somente o que é bom pode ser corrompido, o que não é inteiramente bom, não há de ser corrompido. O bem ao ser corrompido, será nocivo, já que o mesmo é essencial para nós, e ao serem totalmente corrompidas, deixarão de existir.

    Rafael Vasconcelos nº 32. 3RA

    ResponderExcluir
  8. Santo Agostinho nos mostra que algo bom só é inteiramente bom se é incorruptível ou se ainda não foi corrompido. Já algo que não é bom, na verdade é algo bom que já foi corrompido. Ao final, ele chega à conclusão de que a única substância existente é o bem. O mal não é uma substancia. Seria ele então a ausência do bem. Um bem que já foi corrompido.
    Beatriz Carrilho Tomaz, nº 03 - 3ºRA

    ResponderExcluir
  9. O texto afirma que ''se não fosse boa, não se poderia corromper." a corrupção não é boa por isso ela não se corrompe e muitos usam a corrupção para beneficiamento próprio e que as coisas boas são corrompidas porque nós julgamos e se equivocamos antes de saber se aquilo é algo bom ou algo ruim.

    Gregory Silva nº11 3RA

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. O texto acima, diz que tudo que se corrompe pode ou não ser bom e ruim, porém ha inúmeras formas de você caracteriza o bom, mais se até o bom se corrompe, significa que não era tao bom quanto dizia, se pensarmos dessa forma, quase tudo se corrompe, e uma pequena parte é boa.

    ResponderExcluir
  12. Santo Agostinho cita que tudo que é nocivo, diminui o bem e que todo o bem é capaz de ser corrompido. Quando este é muito corrompido deixa de existir, deixa de ser bem. Portanto, para ele, o mal é o bem totalmente corrompido, é algo nocivo.





    Mayara Drigo - nº 23 - 3RA

    ResponderExcluir
  13. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  14. O texto afirma o que é bom pode ser corrompido, e que o ruim já é corrompido. A corrupção é nociva e se fosse privada do bem não existiria. Se já houvesse corrupção e não pudesse ser alterada, seria melhor porque permaneceria incorruptível

    Bianca - 4 - 3RA

    ResponderExcluir
  15. O texto apresenta a idéia de que todas as coisas que não são inteiramente boas ou inteiramente ruins são corruptíveis, pois a ausência de um bem faria tal coisa tornar-se corruptível, seguindo essa idéia, chega-se a conclusão que quase tudo que é privado de algum bem se torna corrompivel e o que não possui nenhum bem não pode ser corrompido.

    2RB

    ResponderExcluir
  16. Algo completamente bom é incorruptível, algo bom é corruptível, algo ruim é incorruptível, se algo é bom pode ser corrompido, mas se algo é ruim isso não pode ser corrompido, assim algo que é ruim já é algo corrompido, e se o bom é corrompido ele não era tão bom assim.

    2RB

    ResponderExcluir
  17. Tudo aquilo que é bom é corrompido, agora o que é ruim se torna incorruptível, a corrupção é exatamente assim, é algo ruim que nunca será atingido. Aquilo que possui valor tem um certo peso em corromper ou não, mas certamente pela lei da vida, sempre será corrompido o que faz bem.

    Victória Ferretti - nº30 - 2RB

    ResponderExcluir
  18. Tudo que é bom está em uma corda bamba, pode tanto ser corrompida facilmente, como também pode se equilibrar perante a um abismo. O texto mostra a facilidade de uma coisa boa se tornar uma coisa ruim, o quanto uma corrupção de um fato pode afetar algo ao seu redor, influenciando pessoas e atos.

    ResponderExcluir
  19. Santo Agostinho relatou que nada é inteiramente bom, pois o que supostamente fosse inteiramente bom, não poderia ser corrompido. E caso uma coisa não tivesse nada de bom, não poderia ser corrompido pois já estava totalmente corrompido. É possível afirmar que tudo já foi ou será corrompido, pois nada é totalmente bom, ou totalmente ruim, sempre haverá uma parcela de cada.

    Victor Oliva, número 36 - 3RA

    ResponderExcluir
  20. Tudo o que se corrompe é privado de parte do bem, mas não dele todo... então tudo o que é bom se corrompe. Se é exageradamente bom, é perfeito (e consequentemente incorruptível).
    Santo Agostinho também diz que nada é tão ruim que não tenha uma parte boa, e, portanto, corrompível.



    ResponderExcluir
  21. Segundo Santo Agostinho, quanto melhor alguma coisa é, mais dificil de corrompe-la, o que é ruim nao há o que corromper, pois ele praticamente já está corrompido por natureza, mas mesmo algo sendo bom ele ainda pode ser corrompido por algo ou alguma coisa, pois se nao pudesse se corromper ele seria incorruptível ou seria ruim. Todas as coisas que existem sao boas, mas tem um ponto negativo e podem se corromper, basta a nós escolhermos se essa coisa será benéfica para nós.
    Igor Kurachina 2RB

    ResponderExcluir
  22. O texto defende que tudo o é corrompido um dia foi o bem, que se tornou o mal por ter sido corrompido. E apenas o bem pode ser corrompido, simplesmente porque no mal não há o que ser corrompido.

    Alex Sasson, número 1, 3RA

    ResponderExcluir
  23. Apesar da suave repetição de ideias e do aparente objetivo de querer nos confundir, o texto diz basicamente que para algo ser corrompido precisa ter o bem. Se o bem não existir então não poderá ser corrompido, mas também segundo o autor, se algo tiver exatamente nada de bom também não poderá existir. Logo não existe algo que não possa ser corrompido.

    Isabelle Nogueira Leroux, nº14, 3RA

    ResponderExcluir
  24. Se algo é corrompido é porque ele possui algo bom se não ele já seria ruim e não precisaria ser corrompido. E como tudo que existe possui algo bom, tudo pode ser corrompido.
    Luca Caldeira França,20,3ra

    ResponderExcluir
  25. As coisas corrompíeis possuem uma parte boa em si, mesmo que sejam as piores em relação ao mal. Se tudo é extremamente algo é bom, entao é incorrompive. Conforme o grau negativo aumenta, as coisas tornam-se cada vez mais corrompíeis.
    Camila Haluska 2RA

    ResponderExcluir